10 dicas de como evoluir no fingerstyle para dominar a técnica
Aprenda fingerstyle com nosso guia completo!
O fingerstyle é a técnica de tocar com os dedos, sem a necessidade de uma palheta, e tem ganhado cada vez mais popularidade entre músicos e entusiastas. Pensando nisso, vamos te mostrar como evoluir no fingerstyle!
Incorporando elementos percussivos à sonoridade do violão de cordas de aço e ao repertório e linguagens da música popular, o violão fingerstyle deixou de ser uma técnica e se tornou um gênero musical em si mesmo. Então, prepare-se para conhecer mais sobre!
Aprenda técnicas e dicas de como evoluir no fingerstyle
Antes de conferirmos as dicas, é importante relembrar os conceitos básicos do fingerstyle.
A postura correta da mão direita é fundamental para garantir a precisão e fluidez no toque das cordas. Mantenha os dedos relaxados e curvados, evitando tensões que possam prejudicar a execução.
Por sua vez, a mão esquerda também deve manter um relaxamento e exercer apenas a pressão necessária nas cordas. Vamos lá?
1. Domine as técnicas básicas
Antes de se aventurar em técnicas mais avançadas, como o fingerpicking alternado ou o thumb style, certifique-se de ter uma base sólida.
Dedique tempo para aperfeiçoar sua postura e técnica básica de dedilhado e a independência dos dedos da mão esquerda, garantindo uma fundação sólida para o seu progresso.
Lembre-se também de sempre evoluir progressivamente, usando o metrônomo para auxiliar na precisão e ir aumentando a velocidade à medida que as técnicas se tornam mais familiares.
2. Estude trechos de arranjos fingerstyle
Uma ótima maneira de aprimorar suas habilidades é estudar trechos de arranjos fingerstyle que explorem a técnica que você deseja praticar.
Ao aprender novas peças, você amplia seu repertório e aplica as técnicas em contextos musicais diversos.
Também é uma boa prática criar uma espécie de “guia de excertos”, com passagens desafiadoras que você pratica para manter a técnica em dia.
Mas lembre-se de dosar o estudo técnico com o aprendizado de músicas completas.
3. Explore diferentes padrões de dedilhado
Após dominar os padrões mais simples de dedilhado, experimente diferentes padrões de dedilhado para enriquecer sua técnica e criar texturas sonoras variadas.
Busque iniciar os padrões com diferentes dedos, além de explorar aqueles que se estendam por diversas cordas e diferentes formas de articular o dedilhado com a melodia.
A diversidade de padrões ampliará suas possibilidades musicais, possibilitando que você crie sonoridades novas e fora do comum.
4. Aprimore sua percepção rítmica
O fingerstyle exige uma precisão rítmica apurada para garantir a fluidez e coesão das texturas harmônica, melódica e dos elementos percussivos.
Dedique tempo para praticar com um metrônomo e desenvolver sua percepção rítmica. Concentre-se em manter um ritmo constante e preciso durante a execução das peças.
5. Analise e interprete performances de referência
Assista a vídeos de músicos renomados praticando fingerstyle e analise suas performances com atenção. Observe suas técnicas, articulações e interpretações, e busque incorporar elementos que você admira em sua própria prática.
Estudar performances de referência é uma forma eficaz de inspiração e aprendizado.
6. Grave suas sessões de prática
Grave suas sessões de prática para avaliar sua execução com clareza. Ouça atentamente sua performance e identifique áreas de melhoria, como clareza na execução, precisão rítmica e interpretação.
A gravação permite uma análise objetiva de seu progresso e direciona seus esforços de aprimoramento.
7. Experimente diferentes afinações
Além de explorar padrões de dedilhado, experimente diferentes afinações no seu instrumento. Afinações alternativas podem abrir novas possibilidades sonoras e inspirar composições únicas.
Desde afinações abertas até afinações mais exóticas, cada uma oferece um novo conjunto de desafios e oportunidades criativas para expandir seu repertório de fingerstyle.
8. Integre técnicas de percussão
Uma das características mais marcantes para tocar violão fingerstyle é integrar técnicas de percussão.
Experimente usar a caixa do violão, explorando os diferentes timbres que ela oferece, ou mesmo a percussão nas cordas do instrumento para criar batidas e ritmos complementares enquanto dedilha as cordas.
Isso adiciona uma dimensão percussiva à sua música, tornando-a mais dinâmica e envolvente.
9. Explore a improvisação e a composição
Embora aprender arranjos seja fundamental, não subestime o poder da improvisação e da composição no fingerstyle.
Reserve tempo para explorar a improvisação sobre progressões de acordes ou mesmo sobre melodias simples.
Quando se sentir confortável, busque compor músicas no estilo de artistas ou que emulem texturas, melodias e ritmos de outras músicas e busque encontrar soluções diferentes para os desafios técnicos e músicas que aparecerem.
Isso não apenas desenvolve sua criatividade, mas também aprimora sua capacidade de resposta musical e expressão pessoal.
10. Persista e seja paciente
O estudo do violão fingerstyle, assim como de qualquer instrumento e forma de tocar, requer disciplina, entusiasmo e uma constante vontade de melhorar ao mesmo tempo em que se tira proveito do processo de aprendizado.
Tenha curiosidade, busque sempre ouvir e trocar ideias com amigos e profissionais mais experientes.
Qual a diferença entre fingerstyle e dedilhado?
O que diferencia o chamado “violão fingerstyle” de outras formas de tocar violão – como o próprio violão clássico, o choro e o flamenco – é o uso das cordas de aço, adoção de técnicas de percussão e o repertório amplo que passa por inúmeros gêneros.
Essa combinação surte um efeito mágico, como uma espécie de “banda de um homem só”.
Assim, o fingerstyle não se limita a um estilo musical específico, mas sim a uma maneira particular de tocar o instrumento.
É uma abordagem que permite uma expressão musical versátil e que atingiu um ponto de maturidade com músicos como Tommy Emmanuel, Andy McKee, e Michael Hedges.
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Marco Teruel
Marco Teruel é músico e violonista, com mestrado pela USC Thornton School of Music (EUA) e doutorado em música pela UFMG. Seus interesses musicais incluem o repertório do violão clássico, a música dos séculos XVI e XVII, a música brasileira e o heavy metal.